Historicamente, os preços das comodities tendem a cair quando o dolar se fortalece em relação a outras moedas. Inversamente, quando o dólar cai em relação a essas moedas, os preços das comodities tende a subir.
A métrica bastante utilizada para avaliar a força do dólar em relação a uma cesta ampla de moedas é o famoso índice DXY (US Dollar Index). Esse índex compreende uma cesta de moedas, que inclui principalmente o Euro, com um peso superior a 50%.
E qual a métrica para avaliar a “cesta” de commodities? Entre muitas, podemos adotar o clássico CRB ( Commodity Research Bureau) Index, que avalia a força de um diverso grupo de commodities em relação ao dólar.
Mas por que isso acontece?
O preço da maioria das commodities é dolarizado. Assim, quando tratamos do comércio internacional de matérias primas, o dólar é a moeda de troca na grande maioria dos casos.
Ainda, devemos encarar as commodities como ativos mundiais, possuidoras de valor intrínseco, altamente necessários em países em rápido crescimento, como Estados Unidos e China.
Portanto, podemos tentar explicar essa correlação inversa pela alteração da demanda:
- Com o dólar forte, as commodities se tornam caras nas diversas moedas dos países que as importam, o que causa uma diminuição da demanda e, por conseguinte, uma queda do preço das commodities. O contrário também é verdadeiro.
Essa correlação inversa não é direta e automática ou de curto prazo, mas que frequentemente se apresenta no longo prazo.
No gráfico abaixo, observamos a correlação de cada commoditie com o dólar índex, onde a correlação inversa é mostrada com valores negativos. Bom ressaltar que as cinco commodities que mais apresentam correlação inversa são aquelas baseadas no petróleo.