Nós negamos e distorcemos a realidade para nos sentirmos mais confortáveis, especialmente quando a realidade ameaça nossos interesses pessoais.

Parafraseando Sigmund Freud: “Ilusões nos enaltecem porque nos salvam da dor e nos permite ter prazer no lugar”.

Nós vemos as coisas do jeito que queremos vê-las. Nós escutamos o que nós queremos escutar e negamos o que é inconsistente com as nossas convicções mais profundas. Nós negamos notícias desagradáveis e preferimos o conforto à verdade. Nós escolhemos as pessoas “certas” para perguntar.

Nós damos sentidos a eventos ruim através de histórias reconfortantes elaboradas por nós mesmos e damos significado a elas.

“Eu espero que o projeto seja um sucesso no tempo e dentro dos valores”

Relacionado a eventos do século 5 AC referente a guerra entre Atenas e Sparta, o grego historiador Thucydides escreveu: ‘…seus julgamentos foram baseados mais no desejo cego do que em qualquer outra previsão; pois é um hábito da humanidade dar confiança à esperança irresponsável aos que anseiam e colocar a razão soberana de lado nas coisas que não desejam.

Nos acreditamos que algo é verdadeiro quando ele parece acreditável ou quando queremos acreditar nisso, especialmente quando são assuntos de amor, saúde, religião e morte. Esta é uma razão porque as pessoas seguem gurus. Eles encorajam a seus seguidores para seguir seus corações e esquecerem suas cabeças.

Concluindo:

• O físico americano Richard Feynman nos alertou sobre o auto-engano: ‘O primeiro princípio é que você não deve enganar a você mesmo – e você é a pessoa mais fácil de ser engada’.
• O filósofo austríaco Ludwin Wittgenstein disse: ‘Nada é tão difícil quanto não enganarmos a nós mesmos’. Nós temos que ver o mundo como ele é, não pelo que ele foi ou pelo que nós queremos que ele seja.
• Deve se pesar a negação contra os custos social, financeiro, físico e emocional. Quando o custo da negação é pior do que o benefício de encarar a verdade, nós devemos ficar com a realidade.