Neste momento de juros altos e empresas com dívidas, bem como o caso das Americanas, temos visto bastante o uso de expressão de covenant da dívida, mas o que seria isso?
No sentido mais amplo, Covenant é um acordo ou contrato realizado entre duas partes de que certas operações serão ou não realizadas. Portanto, são alinhamentos de interesse entre as partes para solucionar eventuais problemas futuros.
No caso de débitos, são formas como a empresa deve se alinhar para receber um empréstimo, que levam em última instância, a ações ou gatilhos disparados a partir de determinado tamanho da dívida da empresa.
Por exemplo:
Cenário 1: Um banco A empresta 1 milhão para uma empresa. De acordo com o seu risco, ele empresta a uma taxa de 7% ao ano. Se não existe Covenants, a companhia pode pegar emprestado 10 milhões de outro banco B.
Neste Cenário 1, com o Covenant, o banco A impõe limite de débito para a empresa, já que a companhia aumentando a sua dívida, torna ela mais propensa a risco e default.
Cenário 2: Um banco A empresta 10 milhões para uma empresa. Nos dias seguintes, esta companhia declarada dividendos para todos os acionistas.
Neste cenário, com o Covenant, a companhia deve possuir uma restrição de distribuição de dividendos. Sem essa restrição do Covenant, a empresa pode pegar todos os seus lucros, vender seus ativos e pagar dividendos de liquidação para todos os acionistas de forma que o banco ficaria sem receber o pagamento.
Lista de Débitos Covenants mais utilizados: 1 – Debitot / Ebitda; 2 – Débito / (Ebitda – Capex); 3 – Indice de Cobertura dos Juros (Ebitda / Juros); 4 – Débito / Equity; 5 – Débito / Ativos; 7 – Total de Ativos; 8 – Payout ratio de dividendos.