CDB é a sigla para certificado de depósito bancário, sendo um dos tipos de renda fixa mais tradicional do mercado. Emitidos por bancos, ou seja, você empresta para o banco e ele em troca ele te paga uma taxa de juros, tendo garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o mesmo que garante as aplicações da poupança.
Esses títulos são uma das principais ferramentas para os investidores iniciantes, bem conservadores ou para aqueles que simplesmente querem diversificar seus investimentos.
Porque é melhor que a poupança?
A poupança é uma modalidade antiga de investimento, bem utilizada pelos nossos avós. Pelas regras de 2012, elas rendem conforme a taxa Selic, mas podem variar conforme a Taxa Referencial (TR*) da seguinte forma:
– Caso a taxa Selic for superior a 8,5%, a remuneração da poupança será de 0,5% ao mês acrescido da Taxa Referencial (TR);
-Caso a taxa Selic for menor que 8,5%, a remuneração da poupança será 70% da taxa Selic acrescido da TR.
Já o CDB é uma aplicação financeira onde você empresta dinheiro para o banco e em troca ele te paga uma taxa de juros. As aplicações em CDB rendem todos os dias.
CDB | POUPANÇA |
Rende mais que a poupança* | Rende 70% da Selic |
Rendimento diário | Rendimento mensal |
Pode ser resgatado rapidamente, dependendo do prazo de carência combinado | Resgates feitos antes de 30 dias, implicam na perda do rendimento proporcional ao período em que o valor ficou aplicado |
Tem Imposto de renda sobre os rendimentos | Não possui imposto de renda sobre rendimentos |
Possui carência | Não possui carência |
Qual a sua rentabilidade?
Existem vários tipos de CDBs, portanto, sua rentabilidade bem como liquidez depende do tipo que você escolheu. Os modelos mais comuns são:
- CDB prefixado: Como o nome diz, a taxa já é fixada no momento do investimento, ou seja, você já sabe quanto vai ganhar quando chegar ao vencimento da aplicação. Um exemplo, um CDB prefixado com taxa de 7% ao ano oferecerá exatamente esse valor até o fim.
- CDB pós-fixado: É o tipo mais comum de CDB disponível no mercado. Nesse caso, o investidor tem como base um indicador de referência, sendo mais comumente a taxa CDI. Como essa taxa não é fixa, varia conforme os juros do país, chama-se, portanto, de pós-fixado. Nesse caso, não é possível saber o valor exato quanto vai receber.
- CDB atrelado à inflação ou híbridos: se você entendeu como funcionam os outros tipos de CDBs, esse não vai ser complicado. A remuneração destes papéis mescla as duas estruturas. Ou seja, eles oferecerem como retorno uma parcela prefixada (5% ao ano, digamos) e outra pós fixada (variação da inflação, medida pelo IPCA ou pelo IGP-M).
Taxa CDI
É o indicador mais comum para os CDBs pós fixados, principal referência de rentabilidade da renda fixa. Em geral, a remuneração de um CDB pós fixado é apresentada como um percentual do CDI. Por exemplo, em um CDB com remuneração de 100% do CDI ao ano, o investidor vai ganhar 100% do que rendeu essa taxa ao longo de um ano. A mesma lógica funciona para um papel que pague 80% ou 120% do CDI.
Liquidez
Liquidez de um investimento pode ser resumida como o quanto de tempo é necessário para obter seu dinheiro aplicado de volta. No caso dos CDBs, existem dois tipos: liquidez diária e liquidez no vencimento.
Os CDBs são papéis com vencimento assim como o tesouro direito. Significa que as condições acertadas na aplicação – como a remuneração – são garantidas até uma determinada data, quando o dinheiro volta automaticamente para as mãos do investidor.
Porém, mesmo tendo uma data de vencimento, muitos CDBs (principalmente de grandes bancos) podem oferecer liquidez diária. Assim, é possível resgatá-los a qualquer momento, sem necessariamente esperar a data final. No entanto, você vai observar que tal vantagem do tempo reduz significativamente a sua rentabilidade.
Os CDBs com liquidez diária podem ainda ter um período mínimo em que o dinheiro não pode ser resgatado, sendo chamado de carência. Assim, um papel de liquidez diária com carência de seis meses, o resgate é permitido a qualquer momento depois que esse prazo for cumprido.
Existem CDBs com prazos de vencimento bem distintos. É possível encontrar papéis de curto prazo, resgatados a partir de seis meses ou um ano, e há também CDBs longos, com vencimento a partir de dois anos, podendo chegar a cinco ou mais. Esses são indicados para quem está poupando com vistas ao longo prazo.
O que um investidor pode fazer se precisar do dinheiro antes do vencimento? A alternativa é negociar o CDB no mercado secundário, vendendo o papel diretamente a outros investidores. Nesse caso, o negócio é fechado a preços de mercado – que podem ser superiores ou inferiores ao que foi pago no momento da aplicação. Não há uma garantia de que a remuneração acertada será obtida.
Custos
Diferentemente dos fundos de renda fixa, os CDBs não envolvem a cobrança de taxa de administração. Se verificar que cobram uma taxa de corretagem ou custódia, procure outro banco ou corretora.
Imposto de Renda
A tributação dos CDBs segue o padrão dos investimentos de renda fixa. O investidor paga Imposto de Renda seguindo uma tabela regressiva, em que as alíquotas diminuem conforme o tempo que a aplicação é mantida. A taxa varia entre 22,5% sobre a rentabilidade para investimentos de até seis meses, e 15% sobre a rentabilidade para investimentos mantidos por mais de dois anos.
Existe ainda a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas ele só incide sobre as aplicações resgatadas em menos de 30 dias. Nesses casos, a alíquota pode variar entre 96% e 3% da rentabilidade – o IOF também diminui com o tempo do investimento.
Qual o Investimento Mínimo no CDB?
Para saber quanto paga um CDB, é importante entender qual é o investimento mínimo que pode ser feito nesse tipo de operação.
Hoje, é possível iniciar com pouco dinheiro. Há excelentes alternativas com aportes a partir de R$ 1 mil.
No entanto, a média de valor mais comum encontrada seja entre R$5000 e R$10.000. Além disso, quanto maior for o valor do aporte inicial, maior tende a ser a rentabilidade desse ativo.